quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Matemática
















O fracasso escolar na disciplina de matemática.


Este texto foi motivado pela minha monografia de fim de curso, onde há um relatório completo com dados da minha pesquisa, relacionando o fracasso escolar na disciplina de matemática com a má formação dos professores .

Alguns professores dos anos iniciais do ensino fundamental apresentam dificuldades nos conteúdos da matemática, presentes no currículo escolar. Geralmente este problema esta relacionado a formação destes professores, que muitas vezes não os prepara para a realidade do cotidiano escolar, o que deixa os professores inseguros quanto a sua prática.

“o último Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação básica) mostra que apenas 6% dos alunos tem o nível desejado em matemática. E a comparação internacional é alarmante. No Pisa ( Program for international Student Assessment) de 2001, ficamos em último lugar” (Druck,2003).


Nos questionamos se a formação deste professor dos anos iniciais do ensino fundamental e dos anos posteriores até o ensino médio, esta de acordo com a realidade social na qual estamos vivendo e se essa formação é capaz de atender as demandas da sociedade. Como foi citado por Libâneo.

“presentemente, ante novas realidades econômicas e sociais, especialmente os avanços tecnológicos na comunicação e informação, novos sistemas produtivos e novos paradigmas do conhecimento, impõem-se novas exigências no debate sobre a qualidade da educação e, por conseqüência, sobre a formação de educadores. (...). Não se trata de desvalorização da docência, mas de valorização da atividade pedagógica em sentido mais amplo, no qual a docência esta incluída” (Libâneo, 2005:40).

O que observamos em nossa sociedade é uma grande valorização das metodologias de ensino da disciplina da matemática, em detrimento do conhecimento dos conteúdos matemáticos destes professores que os lecionam.

Como possível resolução para a problemática da dificuldade dos professores tanto das séries iniciais do ensino fundamental, quanto dos anos posteriores, no que diz respeito ao conteúdo curricular da disciplina de matemática, é uma importante reflexão sobre a pratica pedagógica.
Para uma transformação no cenário educacional, é necessário que o professor reflita sobre sua pratica para além do autoritarismo. O professor precisa tomar uma nova consciência, de que ao ensinar o professor também aprende, este já não pode ser mais o detentor do saber, pois o conhecimento deve ser uma troca entre o mestre e o aprendiz, não há docência sem discência (Freire, 2006).

“é preciso que,..., desde o começo do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado (Freire,2006:23).

Ou seja, a educação deve ser um exercício de troca entre professor e aluno, o professor deve refletir sua pratica e ter em sua consciência que não é o detentor do saber, este deve estar sempre aberto para também aprender.

terça-feira, 29 de setembro de 2009


Exercicios Chineses.

Desde o início da sua civilização, por volta de 2.500 a.C., os chineses já costumavam dançar para melhorar o movimento das articulações e friccionar os músculos para atenuar a dor após as jornadas de trabalho, desenvolvendo a prática de exercícios e de massagens para a preservação e restauração da saúde.

Foram assim, naquela época longínqua, plantadas as sementes da conservação da saúde e obtenção da longevidade, alicerce cultural da civilização chinesa e atualmente consideradas patrimônio nacional.

Desenvolvimento das práticas

Shouxin, um dos "imortais" chineses - simboliza a longevidade. Com o passar do tempo foram sendo criadas, aperfeiçoadas e ensinadas, por diversos “deuses”, sábios e médicos, uma infinidade de técnicas e práticas, acumulando-se uma série de movimentos, exercícios, danças e artes marciais para o fortalecimento do corpo, da mente e das emoções, bem como para o desenvolvimento espiritual do praticante.

Parte integrante da Medicina tradicional chinesa, encontram-se registros antigos, como no Nei Ching (O Clássico da Medicina Interna) e no Tsien Chin Fang (As Mil Prescrições), que contam a história e a prática de exercícios para a saúde.
Os exercícios chineses na atualidade

Jiben gong, exercícios básicos de preparação para o treino de artes marciais, sob orientação correta, podem ser praticados desde a infância.Atualmente conhecidas como “exercícios de cura”, “exercícios terapêuticos”, “exercícios medicinais” ou “exercícios para a saúde”, essas técnicas tiveram importantes valores terapêuticos demonstrados, não só na manutenção da saúde e prevenção de doenças, mas também no tratamento de diversas enfermidades, diferindo de outras práticas terapêuticas por não utilizarem drogas, medicamentos ou intervenções cirúrgicas, e da ginástica convencional por destinarem-se também a pessoas debilitadas ou enfermas.

Desenvolvendo a força física e melhorando as funções fisiológicas, são particularmente eficazes para pessoas idosas ou fisicamente fracas e para o tratamento de pacientes de doenças crônicas.

Além de tratar e prevenir as dores em tendões, músculos, articulações, que se desenvolvem a partir do mau uso do corpo físico, que precisa de movimento, alongamento, e oxigenação para manter-se saudável, a prática regular dos exercícios chineses promove o bem-estar físico, psicológico, emocional, mental e espiritual, promovendo o equilíbrio e harmonia do Ser para uma vida com qualidade.

Recomendações:

Antes de iniciar a prática de qualquer atividade física, procure um médico;
Caso a atividade tenha sido recomendada a partir da avaliação de um profissional da saúde, é aconselhável que o praticante mantenha contatos periódicos com o mesmo, para que acompanhe e avalies seus resultados.
Nenhum exercício físico deve ser feito sem a supervisão de um Mestre ou Professor habilitado;
Se você se sentir mal ao praticar qualquer exercício, pare imediatamente, converse com seu instrutor, e se suas orientações não forem suficientes para realizar a prática sem mal estar, procure orientação médica.
Não pratique os exercícios em jejum ou logo após ter ingerido alimentos (dê um espaço de tempo de pelo menos uma hora entre uma refeição e a prática - refeições pesadas demandam maior espaço de tempo).

Fundamentos filosóficos:

Lao Tzu, no Tao Te Ching, propõe reflexões fundamentais para situar a concepção de saúde representada pelas práticas corporais chinesas:

“Ao nascer, o homem é suave e flexível;
quando morre, é duro e rígido.
Ao nascer, as plantas são tenras e frágeis,
quando morrem, são secas e fortes.
A rigidez e a força são sinais da morte,
a suavidade e a flexibilidade são manifestações da vida.
Um arco rígido não sairá vitorioso;
uma árvore que não se curva, tombará.
O que é duro e rígido perece.
O que é suave e flexível prospera.”
Lista de exercícios chineses

Baduanjin
Chi Kung
I Chin Ching
Lian gong
Lien Chi
Tao Yin
Tu Na
Wu Chin Hsi

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Educar é equilibrar.




Estive pensando a respeito da educação, como educar crianças frente a um mundo onde há violência, desigualdade, impunidade desrespeito a vida humana. Qual o motivo de tanta atrocidade, seria a "falta" de educação? tão dita por muitas pessoas, ou seria esse motivo o resultado de uma má educação?
Uma educação equivocada, decorrente de anos de história, onde crianças eram agredidas física e psicologicamente, onde o ser "criança" é propriedade dos pais e estes exercem uma posição de poder sobre a vida deste mesmo, sendo assim temos as tão famosas palmadas, os gritos, as ordens.

Mas ninguém reflete sobre os efeitos da violência, existe um bordão a bastante tempo disseminado em nossa sociedade, que acredito se encaixar bem nessa questão: "Violência gera violência". Na verdade a criança aprende através de repetição, então atitudes violentas são apreendidas e reproduzidas futuramente em nossa sociedade.

É claro que limites devem existir, e é ai que esta o equilíbrio, seria erroneo da minha parte condenar as repreensões dos pais pura e simplesmente. Se educar é equilibrar a balança não pode pender somente de um lado, como não é certo sempre repreender, não devemos também sempre "passar a mão na cabeça".

Da mesma forma que vemos, jovens morrendo e sendo presos, nas favelas, e que muitas vezes, muitos desses jovens sofreram com abusos na infância, temos também jovens de classe média alta morrendo e sendo presos, porem, se levarmos em consideração o fato desses jovens terem tido acesso a tudo, o pensamento de que o jovem da favela entra para o crime por falta de oportunidade cai por terra. Mas se olharmos mais a fundo na questão destes jovens de classe média alta, veremos que, muitas vezes, o que faltou foram os limites da educação dada pelos pais.

O "LIMITE" na educação, ao meu ver seria uma forma de equilíbrio, onde a agressão representa a perda do controle dos pais frente a um determinado fato e a libertinagem, seria uma forma de descaso por parte dos pais, que leva a criança a sentir-se perdida. Ambos trazem danos psicológicos, o que devemos pensar é numa forma de equilibrar a educação, através de limites bem definidos e esclarecidos.