terça-feira, 30 de março de 2010

Monstros de filmes de terror: Fobia Social.


Vi um documentário interessante ano passado na TV a cabo, não me lembro se foi no canal da GNT, ou Discovery Chanel. Mas falava sobre os filmes de terror e seus monstros e a relação destes filmes com a sociedade.
No documentário mostrava a relação dos medos de uma determinada cultura, com algum fato social. Através das figuras dos filmes de terror e o medo que estas representam, observava-se uma reação, quase que inconsciente da sociedade.
Explicando melhor, por exemplo os vampiros e lobisomens, a figura do vampiro apesar de muito antiga na história da humanidade, por algum motivo foi associada a figura dos judeus, o que causou um certo preconceito e a migração de vários judeus da Europa. O lobisomem foi associado a figura dos ciganos, resultando em um desconforto, para estes, assim como para os judeus.
O monstro do lago, este surge em uma época de grande atividade sexual adolescente, por tanto se analisarmos o filme, veremos sempre aquele casal, com o carro parado no lago namorando e eis que surge o monstro e acaba com a vida dos dois. Essa história se repete em filmes como Sexta Feira 13, os casais são mortos em pleno ato sexual e em muitos outros filmes de terror, a ponto de, quem estar assistindo ter certeza de que aquele casal que se afasta do grupo com intenções sexuais, certamente não chegara ao fim do filme, geralmente quem sobrevive é aquele personagem bonzinho, puro e de preferência virgem.
O motivo destes filmes de terror é bem claro, mostrar que sexo é errado, sujo, algo sujeito a punição, diminuindo assim o libido dos jovens. Pode parecer bobeira, pensar que algo assim surtiria algum efeito na mente dos jovens aponto de interferir em sua vida sexual, mas foi quando o documentário se referiu ao King Kong, que eu me assustei.
Imagine que na época em que o filme King Kong foi lançado, o numero de casamentos interraciais nos EUA era grande, principalmente de mulheres brancas com homens negros, era grande aponto de incomodar a sociedade.
O filme King Kong faz uma analogia ao sexo negro, o gorila representava o homem negro e a loira a mulher branca, no filme a visão deste sexo com o homem negro, é passada como algo brutal, hediondo e pasmem, o resultado foi a diminuição dos casamentos interaciais, entre negros e brancos.
Outro monstro interessante é Frankenstein, a história deste monstro surge em uma época em que a ciência começa a se desenvolver na pesquisa do corpo humano, a própria idéia de ciência em si, já era assustadora, pois ninguém sabia quais seriam os resultados destes avanços científicos, é claro que estou falando de uma época anterior a nossa, estou falando do século XIX, o homem ainda estava adquirindo conhecimentos da própria anatomia. Mas a figura de Frankenstein, como o monstro, a experiência que não deu certo e o cientista louco, que o criou, vive no imaginário da fobia cientifica.
A preocupação com os caminhos da ciência reflete no monstro mais comentado atualmente, o zumbi. A história destes seres canibais apodrecidos, surge com a utilização de material nuclear, um acidente nuclear perto de um cemitério teria resucitado os mortos, que passaram a comer carne humana, esse filme foi lançado na época da guerra fria e mostra o medo de uma guerra nuclear.
De Residente Evil, para cá, foram lançados muitos filmes de zumbis, mas a preocupação social é outra, nos filmes atuais, a humanidade é transformada em zumbi através de um acidente com um vírus estranho, em um laboratório secreto. Bem sabemos que ultimamente foi muito discutida a questão da ética cientifica, então o grande medo da sociedade é: será que estão dizendo a verdade? será que nada esta sendo escondido?
Outra tendência atual são os filmes de epidemias que dizimam a humanidade, sejam por vírus manipulados em laboratório, vírus alterados devido a mudanças no meio ambiente e até vírus alienígena, sem falar neste alienígenas, que representam na verdade o medo do desconhecido, juntamente com as assombrações.
Esses filmes e monstros na verdade são o reflexo de uma fobia social, muitos servem como forma de expressão destes medos e outros como forma de inibição de algo que causa um certo desconforto social, claro que não concordo com esse tipo de inibição, mas ela existe.
Acho que os únicos monstros verdadeiro são os psicopatas, estes realmente existem e acabam com as vidas de muitas pessoas, como foi no caso do Massacre da Serra Elétrica, não foi somente um filme, mas um caso verídico de uma família que para fugir da fome, em uma época de recessão nos EUA, mata e come várias pessoas no Texas. Como neste caso, os filmes de suspense, vem recheados de psicopatas terroristas, num clima de mistério, que pode muito bem ser real ou tornar-se real.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Helena parte II


Recebi um comentário no meu blog e achei interessante falar um pouco mais sobre a história de Helena de Tróia.
Pois muito o que aparece nos filmes não condiz com a verdadeira história da Ilíada e da Odiséia.

Como o filme Tróia por exemplo, a única coisa de boa no filme era o Brad Pit, pois os fatos foram destorsidos,por exemplo, Agamenom não podia ter morrido no filme, poi assim não seria morto por sua esposa Clisteminéia e não haveria a história de Orestes, que para vingar seu pai teria que matar a própria mãe, surgindo assim o voto de Minerva, e a idéia do julgamento, a justiça dos homens, pondo fim ao tempo em que, a vida do homem era decidida e punida, pelos deuses.
Na é poca em que acontece a guerra de Tróia a justiça era divina e o carma dos pecados eram passados de geração em geração, as desgraças da vida de Helena, vinham de antes dela nascer e quando o destino dela se cruza com Menelau, que tinha uma história de família ancestral a ele repleta de erros graves, as coisas se complicam.
Imagine que antes de escolher Menelau, que era o mais novo de seus pretendentes e o mais bondoso, ou seja, que mais agradava a ela em todos os sentidos, Helena foi raptada e tomada como esposa, por um herói grego,Prometeu, isso quando ainda tinha uns sete anos parece, depois ela foi recuperada pelo seu irmão, que matou seu raptor. Helena já não era virgem, mas sua beleza e a cobiça dos homens, eram enormes.
O que mais me intriga nessa história é uma passagem, em que Afrodite aparece e ordena que ela vá se deitar com Paris e Helena responde: - Vá você!, mas como Afrodite é poderosa, ela abaixa a cabeça e se entrega a Paris. Isso me fez acreditar que Helena nunca gostou de Paris, mas foi enfeitiçada por Afrodite.
Há muitos finais para Helena quando a Guerra de Tróia termina, mas acreditam que Menelau e Helena, voltaram juntos para Esparta e os dois tiveram uma filha, Paris foi morto por Píro, filho de Aquiles, que depois vem a se tornar marido da filha de Helena e Menelau.
Essa história me faz lembra da figura da mulher como um troféu, Helena era um troféu e como ela muitas mulheres são vistas assim, muitos homens cometem esse erro de Menelau, que como conta a história teria se arrependido de tratar Helena como objecto e teria aceito ela novamente.
Como gosto de finais felizes, gosto de pensar que Menelau amava Helena de verdade, gosto de pensar assim, pois coitada de Helena, seria bom se houvesse pelo menos uma pessoa que a amasse de verdade.