segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Educar é equilibrar.




Estive pensando a respeito da educação, como educar crianças frente a um mundo onde há violência, desigualdade, impunidade desrespeito a vida humana. Qual o motivo de tanta atrocidade, seria a "falta" de educação? tão dita por muitas pessoas, ou seria esse motivo o resultado de uma má educação?
Uma educação equivocada, decorrente de anos de história, onde crianças eram agredidas física e psicologicamente, onde o ser "criança" é propriedade dos pais e estes exercem uma posição de poder sobre a vida deste mesmo, sendo assim temos as tão famosas palmadas, os gritos, as ordens.

Mas ninguém reflete sobre os efeitos da violência, existe um bordão a bastante tempo disseminado em nossa sociedade, que acredito se encaixar bem nessa questão: "Violência gera violência". Na verdade a criança aprende através de repetição, então atitudes violentas são apreendidas e reproduzidas futuramente em nossa sociedade.

É claro que limites devem existir, e é ai que esta o equilíbrio, seria erroneo da minha parte condenar as repreensões dos pais pura e simplesmente. Se educar é equilibrar a balança não pode pender somente de um lado, como não é certo sempre repreender, não devemos também sempre "passar a mão na cabeça".

Da mesma forma que vemos, jovens morrendo e sendo presos, nas favelas, e que muitas vezes, muitos desses jovens sofreram com abusos na infância, temos também jovens de classe média alta morrendo e sendo presos, porem, se levarmos em consideração o fato desses jovens terem tido acesso a tudo, o pensamento de que o jovem da favela entra para o crime por falta de oportunidade cai por terra. Mas se olharmos mais a fundo na questão destes jovens de classe média alta, veremos que, muitas vezes, o que faltou foram os limites da educação dada pelos pais.

O "LIMITE" na educação, ao meu ver seria uma forma de equilíbrio, onde a agressão representa a perda do controle dos pais frente a um determinado fato e a libertinagem, seria uma forma de descaso por parte dos pais, que leva a criança a sentir-se perdida. Ambos trazem danos psicológicos, o que devemos pensar é numa forma de equilibrar a educação, através de limites bem definidos e esclarecidos.












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